O tempo passava lentamente, e Ricardo, vendo Viviane olhando fixamente para a porta da sala de emergência sem reagir, silenciou por um momento antes de pegar a mão fria de Viviane e beijá-la suavemente nos lábios:

- Vou comprar algo para você comer. Fique aqui esperando por mim e me ligue se precisar de alguma coisa.

Viviane, com os olhos vermelhos, acenou com a cabeça em concordância.

Depois que Ricardo partiu, Viviane se sentiu de repente cercada por um vento gelado vindo de todas as direções, penetrando até os ossos. A imagem de David caindo diante dela surgia repetidamente em sua mente. Ela não conseguia evitar abraçar os joelhos, com os pensamentos descontroladamente se voltando para o pior cenário possível. Se algo realmente sério acontecesse ao avô, Viviane sentia que nem mesmo sua própria morte seria suficiente para expiar a culpa. Afinal, ele foi a primeira pessoa neste mundo que realmente se importou com ela de coração. Ela já o considerava seu avô havia muito tempo.

Nesse mo