Viviane ignorou o olhar de Gustavo e esboçou um sorriso sutil:
- Sr. Gustavo, sua memória está falhando. Nos anos anteriores, meu avô sempre me reservava um lugar à mesa principal.
A simples menção de "Sr. Gustavo" esticava silenciosamente o espaço entre eles. Gustavo pressionou as têmporas, descontente com o tratamento formal. Ele lembrava que Viviane costumava chamá-lo apenas de Gustavo.
Débora pigarreou duas vezes, atraindo imediatamente o olhar de Gustavo para si.
- Está se sentindo mal? Quer que eu te leve para casa?
Débora sacudiu a cabeça com dificuldade, mas seus olhos brilhavam com um traço de mesquinharia. Ostensivamente, ela exibia o quanto Gustavo se importava com ela para Viviane.
Viviane estava imune a essas trivialidades. Ela estava prestes a sair quando ouviu Débora dizer:
- Hoje é o aniversário do nosso avô. Eu gostaria de ficar. Você não vai me expulsar, vai?
Antes que Viviane pudesse responder, o avô interveio:
- Eu não a convidei.
Débora ficou pálida e olhou para Gu