Capítulo 357
Ricardo tirou um charuto da caixa sobre a mesa, colocando-o entre os lábios e acendendo-o. A fumaça ondulante subia, escondendo seu rosto inteiro no nevoeiro, tornando impossível discernir sua expressão. Perto de Viviane, ele raramente fumava. Primeiro, para não expô-la à fumaça do charuto; segundo, temia que o charuto caro revelasse sua identidade. E charutos baratos, ele simplesmente não conseguia fumar. Pensando que não teria mais essas preocupações, os olhos de Ricardo escureceram ainda mais, gerando ondas que quase sufocavam Amadeu.

Amadeu, com pena, se defendeu:

- Sr. Ricardo, não pode ser eu, pense bem. Eu sigo o senhor todos os dias, raramente encontro a Sra. Barros. Como eu poderia revelar sua identidade?

Ricardo olhou para cima, seus olhos estreitando:

- Certo, não foi você. Então, quem foi?

Ao ouvir isso, Amadeu soube que Ricardo não suspeitava dele. Ele respirou aliviado e enxugou o suor da testa:

- Não sei disso, mas... - Seus olhos brilharam. - Vou investigar imediatament
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