POV EMILY
Quando o filme acabou, fomos para casa.
Não falei com Xavier depois que ele gritou comigo e não posso culpá-lo.
Acho que estava sendo teimosa. É que minha mãe e meu pai colocaram tantas coisas na minha cabeça que eu acreditava serem corretas.
O caminho de volta para onde moramos levava 30 minutos de carro e ainda não estávamos em casa. Então olhei pela janela, observando as estrelas no céu negro como carvão enquanto a lua brilhava intensamente.
No carro, o rádio tocava baixinho e o som do motor podia ser ouvido. Xavier parou quando o semáforo ficou vermelho e meus olhos percorreram as ruas solitárias. Via-se mendigos deitados no chão frio e gelado, cobrindo-se com um cobertor para se aquecer, e algumas pessoas caminhando pelas ruas prontas para roubar algum transeunte.
O semáforo ficou verde e ele continuou dirigindo. Olhei pela janela e vi pequenas gotas de chuva escorrendo pelo vidro. Está chovendo! E isso me deixou feliz. Eu amo a chuva.
Quando eu era pequena, meus pais c