Casamento por contrato com o Mafioso
Casamento por contrato com o Mafioso
Por: Julliany Soares
"Capítulo Um."

Cold Mancini

Era manhã, quando acordo de mais um dos meus pesadelos, o que havia se tornado frequente, desde que perdi a Caterina, costumava pensar que quando a conheci e me apaixonei pela segunda vez, que eu poderia ser feliz, mas da mesma forma que perdi a Luna, o meu primeiro amor, a Caterina também se foi e dessa vez consigo entender que o amor para mim é como um veneno, quando eu o sinto, ele se torna perigoso ao ponto de perder quem amo.

Minhas noites de sono eram transformados em pesadelos e lembranças das tragédias que tive em minha vida ao perder as duas mulheres que amei.

Desperto ainda cansado, suado e cheio de dor, mas não era o meu corpo que estava dolorido, mas meu coração, já havia se passado quatro anos que perdi a Caterina, mas era como se fossem dias para mim.

Ouço um som de batidas na porta do meu quarto e logo ouço a voz da Eloise, irmã da Caterina que prometi a mim mesmo proteger e cuidar dela, eu devia isso a ela, que perdeu a sua irmã, por minha culpa, por se envolver comigo.

—Cold, bom dia! Os seus pais chegaram de viagem a algumas horas, me pediram para te chamar, pois, querem falar com você.—disse Eloise.

A agradeço por me avisar, tomo um banho e desço as escadas, os meus pais estavam sentados no sofá da sala, como se me aguardassem para dar alguma notícia que certamente eu não concordaria.

Abraço a minha mãe e o meu pai e sigo em direção a porta e logo ouço a voz do meu pai chamando o meu nome.

— Cold, temos que conversar!

Viro-me em direção a eles e sento.

Eloise os cumprimenta e também senta em uma das poltronas.

— Pai, se for para falar sobre a minha decisão de que morem aqui, comigo, é mais seguro que a família esteja unida, também já está na hora da Camilly morar conosco e sair do colégio interno, eu quero protegê-los.

— Já concordamos com isso filho, mas há algo que o seu pai quer lhe comunicar, já aviso que não sou de acordo com esse plano dele, mas talvez seja o melhor para você no momento.—diz a minha mãe.

Meu pai mostra algumas fotos e pede-me para escolher entre duas imagens de mulheres que eram irmãs da máfia russa, para que eu me case com uma delas, olho para ele sem acreditar no pedido.

— Eu não vou casar-me com nenhuma das duas.

— Eu não estou a dar a escolha de rejeitar as duas, você tem trinta e cinco anos, precisa escolher uma delas Cold, você precisa dar um herdeiro para a família e terá que se casar com uma delas, seja por amor ou sem amor, terá que nos dar um herdeiro.

— O seu problema em me querer casado é para que eu possa te dar um herdeiro Mancini? Não se preocupe, o meu tio Lorenzo, seu irmão, tem três filhos e um deles já está casado, então logo haverá herdeiros com sangue Mancini.

— Eu não quero que apenas a linhagem Mancini continue, mas também que vou casar-meto e que a mãe do seu filho seja a sua mulher também.

— Eu não vou me casar!

— Senhor Adriano e senhora Alice, peço desculpas por intrometer-me, mas o Cold tem razão, como ele vai casar com uma desconhecida sem amor, sem ao menos conhecê-las, não acho certo.

— Eu sinto muito Eloise, que tenha que escutar isso, eu quero que saiba que ainda sinto falta da sua irmã, mas pai, não posso me casar com nenhuma dessas mulheres, pois já estou casado—digo e logo Eloise e meus pais me olham surpresos.

Meu pai olha para mim e então segura em meu braço e me arrasta para fora, furioso e agora, sozinhos, ele me diz:

— A sua mãe está doente, sei que perdeu duas mulheres que amou, mas eu também estou prestes a perder o amor da minha vida e o meu único desejo era que ela o visse feliz antes dela partir.

— Eu sinto muito pai, a mamãe está tão mal assim?—pergunto confuso.

— Eu busquei o melhor tratamento para ela, talvez haja uma esperança, mas as chances são pequenas, ela está confiante, mas eu tenho medo de dormir e ao acordar não ouvir mais a voz dela, me chamando para tomar o café da manhã, então não minta para mim sobre já estar casado, sua mãe e Eloise podem acreditar, mas eu só irei saber que não está mentindo se ver essa mulher aqui, na sua casa.

— Eu vou pensar, no que me pediu.— digo tentando o deixar tranquilo naquele momento.

Saio de casa triste, pego o meu carro e dirijo em alta velocidade, por algumas horas, acabo descontando a minha fúria na estrada e um carro surge diante de mim, prestes a colidir com o meu carro, desvio e acabo batendo o meu carro em um poste, desço um pouco atordoado e ando até ver um táxi passando lentamente, dou sinal para que pare e a motorista logo abre e ajuda-me a entrar.

— Parece que se machucou feio, quer que te leve ao hospital?— ela pergunta enquanto eu coloco a mão na minha testa e vejo que estava sangrando.

— Preciso que me leve até o cassino infinite money.

— Tudo bem, se prefere cuidar desse ferimento bebendo, a escolha é sua— ela diz, dirigindo em direção ao cassino.

Enquanto ela dirige, noto que estou sendo perseguido, ela também nota e.pergunta-me:

— Alguém está nos seguindo! Está fugindo de alguém, senhor Perigo?

— Não preciso fugir de nada, mas está certa, alguém está nos seguindo, mas não por muito tempo, consegue dirigir mais rápido?

— Se segure, senhor perigo— diz ela com um sorriso no rosto.

Ela dirige em alta velocidade, consegue passar pelos carros sem bater e ainda desvia o caminho, ela para o carro e quando olho para o lado, já estávamos na frente do cassino.

— Onde aprendeu a dirigir dessa forma?—pergunto para ela.

— Esse é um segredo meu, senhor perigo, se me contar o motivo de ser seguido, posso também lhe contar como sei dirigir tão bem.

—Trabalhe para mim, seja minha motorista particular—digo e ela me olha surpresa.—A pagarei muito bem se aceitar trabalhar para mim.

—Eu aceito, mas como seria ser sua motorista?

Antes que eu falasse algo, a vejo sair do carro, gritando com dois dos meus capangas que segurava um homem, ao que parecia, ser um devedor.

Saio do carro e então a ouço gritando:

—Soltem o meu tio, acham que ele pode se defender seus covardes.

— Senhor Mancini, este é o Frederico, foi ele quem estava envolvido na troca da carga das peças que foram roubadas da sua empresa.

— O meu tio é inocente, ele é um homem trabalhador, honesto, não faria isso—disse a motorista exaltada.

—Entrem, iremos resolver isso lá dentro —digo irritado.

—Senhor Mancini, deve ter acontecido algum engano, o meu tio não é um ladrão, seus homens devem ter se enganado.

— Senhor Frederico, não vai se defender? Vai deixar que sua sobrinha o defenda sozinha?—pergunto ao homem que certamente escondia a verdade da sua família.

Continua...

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