Simão franzia a testa e disse com urgência:
- Então reserve o primeiro voo disponível.
O assistente prontamente foi reservar o voo, deixando Simão sozinho na cama, com a mente fervilhando de pensamentos sobre Lavínia. A frieza das paredes do hotel parecia amplificar sua solidão, transformando cada segundo em uma eternidade angustiante.
Na noite passada, Lavínia estava ao seu lado na cama, o calor de seu corpo lhe trazendo conforto e paz. Mas agora, aquele espaço vazio ao lado dele era uma presença gritante de sua ausência. A sensação era insuportável, um buraco negro sugando toda a sua tranquilidade.
Por que... Por que Lavínia não queria dizer nada para ele?
Simão não conseguia entender. O que exatamente ele fez de errado no dia anterior para deixar Lavínia tão irritada? As memórias da noite anterior eram nebulosas, obscurecidas pelo álcool e pela exaustão.
Naquele momento, tudo o que ele queria era que Lavínia voltasse logo para ele, para que ele não precisasse se preocupar tanto.