Enquanto desciam as escadas, Luana queria desesperadamente perguntar a Jaqueline o que exatamente ela havia entendido, mas a expressão enigmática da amiga a deixava inquieta. Jaqueline sorria de uma forma que Luana não conseguia decifrar, fazendo-a sentir um arrepio percorrer sua espinha.
- Jaqueline, você pode parar com isso? - Luana finalmente soltou, incapaz de aguentar mais a tensão. - Prefiro que você me bombardeie com perguntas a ficar aí me olhando desse jeito.
Jaqueline, percebendo a ansiedade de Luana, decidiu ser direta.
- Vocês dois já se acertaram, não é?
Luana corou, surpresa com a percepção da amiga.
- Sim, como você sabe?
Jaqueline revirou os olhos dramaticamente, como se a resposta fosse óbvia.
- Luana, até um cego perceberia a química entre vocês. Você e o Samuel quase incendiaram o ambiente com tanta tensão romântica. É impossível não notar.
Luana tentou disfarçar, mas sua voz traiu um leve tremor.
- Mas nós... Nós não fizemos nada de mais!
Jaqueline conhecia bem