O quarto estava mergulhado em um silêncio confortável. Era como se o próprio tempo tivesse decidido parar, concedendo a eles um intervalo só deles, onde nada mais importava além do que estava acontecendo ali.
O sol da manhã atravessava as frestas da cortina, derramando faixas douradas sobre os lençóis amassados, onde ainda estavam marcadas as memórias da noite anterior. O ar, impregnado pelo cheiro de pele, suor e desejo, parecia aquecido demais, como se cada partícula guardasse um pouco da intensidade que haviam vivido horas antes.
Taylor estava sobre ela, apoiado em um dos braços, o corpo grande projetando uma sombra quente sobre o dela. Os olhos azuis, semicerrados e intensos, estavam fixos nela com uma concentração quase hipnótica, como se, naquele