Casamento Forçado 2
Casamento Forçado 2
Por: Fe parladine
Capítulo 1

Sophie Narrando.

Eu sempre fui uma menina calma, cuidadosa, carinhosa e educada. E muito mimada. Sempre tive tudo que eu sempre quis, mas não pense que sou metida, isso não. Tenho os pais mais ausentes do mundo, eles vivem pro trabalho e o dinheiro, o que faz ficar sozinha sempre. Eles acham que dinheiro é tudo, mas não é assim que funciona a vida.

Minha melhor amiga é a Flávia, uma morena de olhos azuis e muito bonita. Por onde passa chama a atenção. Já eu sou uma branquela, de cabelo escuro e não chamo tanta atenção assim e nem quero.

Enquanto eu descia as escadas, minha mãe estava sentada no sofá e tinha chamado pra eu sentar com ela ali pra conversar comigo.

- Filha, a empresa está passando por problemas financeiros - minha mãe disse, triste.

- Mas está tão ruim assim mamãe? - perguntei.

- Sim, e seu pai só conseguiu uma única solução.

- Qual?

- Você ajudaria no que for, minha filha?

- Claro, e eu posso ajudar?

- O amigo do seu pai, na verdade da família, tem um filho e ele quer casar, então viu você e gostou... Ele nos propôs um casamento entre vocês...

- O que? Como assim mãe? Vocês não aceitaram isso né? - perguntei surpresa e esperando que fosse uma simples brincadeira da minha mãe.

- Minha filha... Não tivemos escolha, o rapaz gostou de você e ele é tão lindo minha filha - minha mãe disse, sorrindo.

- Não, eu não quero saber se é bonito ou não! Vocês só podem estar de brincadeira comigo - falei, negando com a cabeça.

- Eu sei que você não queria, mas... Não tivemos outra saída minha filha.

- E o que eu quero não conta? Eu sou nova e já vou casar? Estamos em que século? - perguntei, limpando as lágrimas que caiam em meu rosto.

- Mas nossa empresa vai falir se não fizermos isso, vamos perde tudo. Tudo que um dia seu avô conquistou vai acabar - ela disse.

- Mãe, não pode ser... Estou muito decepcionada com vocês, nunca esperei isso de vocês. Eu nunca vou perdoar vocês por isso - falei, correndo até a porta e saindo pela mesma.

Antes de eu sair pela porta, eu peguei a chave do meu carro e fui até ele, chorando. Eles não poderiam ter feito o que fizeram me obrigando a casar com um estranho?

Liguei o carro e fui dirigindo até a praia, ali era o único lugar que me acalmava mais e era ali que eu iria ficar. Tinha muita gente pegando sol, caminhando, mas parei apenas em uma sombra de um coqueiro e lembrei-me da conversa com minha mãe, quando me lembrei de tudo, comecei a chorar de novo. Fiquei uns vinte minutos assim, olhando o mar em minha frente e sentindo apenas as lágrimas caindo em meu rosto, não me importei com nada mais, nem se tava toda molhada.

- Moça, tá tudo bem? - uma voz de homem perguntou.

Olhei pra quem tinha falado, e era um homem lindo, um gostoso.

- Hum, está sim. Não precisa se preocupar vou ficar bem. - apenas disse, virando o rosto.

- Não parece, estou te observando de longe e já vi você chorando mais que minha mãe chorou quando eu saí de casa - ele disse, fazendo uma gracinha pra eu dar risada, e havia conseguido.

- Ela chorou muito assim? - eu perguntei, sorrindo de lado.

- Você não imagina o quanto, só que você tá passando ela quase.

- Eu só estou com uns problemas... - falei abaixando a cabeça.

- Todo tem problemas, mas chorar não vai adiantar muito, você tem que encarar - ele falou,sentando ao meu lado.

- Nem te conheço e você vindo me consolar - falei, olhando-o.

- Bom, me chamo Caio e sou muito legal, só não encontro sempre uma princesa chorando na praia, o que é um azar pra mim, mas hoje eu tive uma grande sorte - ele disse, piscando.

- E qual seria sua sorte? - perguntei.

- Ter encontrado alguém tão bela como você, pena que tá com o rostinho triste. - ele disse, limpando meu rosto molhado.

- Eu to com problemas em casa e...

- Vamos esquecer isso um pouco? Posso saber o nome da princesa?

- Você está certo. Chamo-me Sophie - falei, sorrindo.

- Princesa Sophie. Tem um desenho não tem? - ele fez uma careta.

- Acho que sim, não sei - fiz bico, sorrindo.

- Depois eu pergunto a minha prima de cinco anos - ele disse, piscando um olho pra mim.

Ficamos conversando de quase tudo, já tinha até esquecido meus pais. Caio era engraçado e um verdadeiro príncipe, me fez rir mais que tudo, e sempre jogava uma gracinha pra mim. Descobrir que estava morando em frente à praia poucas semanas, sua mãe chorou quase uma semana, e ele era estudante de direito. E eu fui falando de mim também, menos a parte que eu tava quase me casando.

- Ficamos a tarde toda aqui né? O sol já está indo - falei, observando o sol.

- Tá sim, só que eu só vejo beleza aqui do meu lado - ele disse me olhando, olhei em seus olhos e sorrir.

- Você sempre dá essas cantadas nas meninas? - perguntei, rindo.

- Não, só nas mais bonitas. Tá funcionando?

- Muito fraquinho viu? Pode melhorar - rir.

- Pode deixar, vou melhor - piscou.

- Assim vai conquistar todas- falei.

- Você não é todas, então estou te conquistando? - ele disse. Senti minhas bochechas vermelhas e abaixei a cabeça com vergonha. – Te deixei envergonhada - ele riu.

- Para idiota - falei, lhe dando uma tapa no ombro.

- Acho que já vou embora, tá ficando tarde e diferente de você, moro com meus pais ainda e eles podem estar preocupados comigo - falei, levantando.

- Claro, mas como faço pra te encontrar novamente? - ele perguntou.

- Me passa teu número e nos falamos por mensagem, pode ser? - perguntei.

- Maravilhoso. Você vai a pé? Te dou uma carona.

- Estou de carro, ele está do outro lado da rua - falei, andando até o calçadão e ele ao meu lado.

- Então vamos, te levo até lá. Vai que alguém te agarre por aí? Nunca se sabe - ele disse, colocando seu braço em volta do meu pescoço.

- Só fala besteira, nossa!

Ele me levou até a porta do meu carro e paro em minha frente, colocou minha franja atrás da orelha que tava caindo em minha testa e sorriu. Peguei o celular dele e anotei meu celular.

- Não vai anotar o meu? - ele perguntou.

- To sem o meu aqui, me chama no w******p que salvo, ok?

- Ok então, adorei conhecer você, sabia? - falou, sorrindo.

- Eu também. Você foi à melhor coisa de hoje - falei sorrindo.

- Fico feliz, vamos marca de sair qualquer dia desses?

- Claro, me fala o dia e à hora pelo o celular, ok? - perguntei, abrindo a porta do carro.

- Sim, vai com cuidado viu? E não chore mais, você é mais linda sorrindo - ele falou.

Dei um abraço apertado nele e quando fui dar um beijo em sua bochecha, ele virou o rosto e acabou saindo um selinho. Ele sorriu e eu dei um tchau.

Liguei o carro e sai logo com o mesmo.

Quando estacionei o carro na minha vaga, e fui andando devagar até a porta. Abrir a mesma e minha mãe tava vendo televisão ali.

- Estava aonde? - ela perguntou.

- Na praia - falei.

- Ata - ela disse. - Minha filha pensa com carinho naquilo que te falei ok?

- Tá mãe, vou subir e depois conversamos, ok? - suspirei.

Ela apenas assentiu e eu fui pro meu quarto.

Entrei no mesmo e peguei meu celular indo pro banheiro, me olhei no espelho e vi que tinha mensagens em meu celular. Respondi alguns que estavam ali e vi uma mensagem do Caio. Sorri.

Caio: salva meu número aí gatinha?

Sophie: pronto. Já chegou em casa?

Mandei e fui tomar um banho, mas sem lavar o cabelo. Quando acabei, me sequei toda e coloquei um pijama. Deitei na cama e liguei a televisão, deixando em um canal de filmes. Fiquei vendo até tarde , quando deu quase uma da manhã, meu celular apitou e vi que era uma mensagem do Caio.

Caio: oi, foi mal a demora, meu melhor amigo bebeu demais e me ligou, fui buscar ele na boate e levei até a casa dele rsrs, ta acordada?

Sophie: sim, nossa... Teu amigo bebe tanto assim? Hahaha.

Caio: nem sempre, mas hj se empolgou demais. 

Ficamos conversando um pouco e logo me despedi, indo dormi. Coloquei o celular ao meu lado e logo dormi. Tava tão cansada e triste, que apaguei logo.

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