Romeu
Eu não era um cara de me importar com muitas coisas. Eu era prático, ia direto ao ponto, mas depois de ver o meu irmão, porra, eu estava preocupado. Eu precisava tentar ajudá-lo, afinal, ele era meu único irmão.
Ele se colocou nessa merda. Ele amava a Harlow, mas era teimoso igual uma mula. Ou melhor, teimoso igual ao nosso pai.
Quando cheguei em casa, a mamãe estava no pé da escada que dava para o andar de cima. Ela andava de um lado para o outro, pisando com seu salto no chão de mármore.
— Romeu — Ela veio até mim ofegante. Ela quem me mandou ir até o meu irmão. — Como ele está?
— Péssimo. Parecendo um homem das cavernas, barbudo, magro e fedorento. O quarto está quebrado, mas a Lucy disse que ele não deixa limpar. E tem bem umas dez garrafas de uísque vazias pelo chão, o que significa que ele está bebendo a ponto de ter um coma alcoólico.
— Meu Deus — minha mãe leva a mão à boca. — Eu preciso ir lá.
— Não, mãe. Ele precisa ficar sozinho e aguentar o peso das merdas dele.