Rush é um babaca egocêntrico, totalmente avesso ao casamento. Ele é filho de um magnata das jóias. O pai dele com Harlow, uma de suas funcionárias. Uma garota determinada e destemida, que não aceita perder para ninguém. O pai dele usa métodos nada legais para obrigar ela a aceitar o casamento. Ela aceita, mas então conhece Rush. Eles se odeiam à primeira vista, mas Harlow sabe que não pode recusar Rush. Ela está presa, Rush também, mas ele é mais esperto e oferece um acordo que vai ajudar ambos. O principal obstáculo desse acordo é ter que conviver com Rush, um homem que tem a capacidade de deixá-la louca e lhe despertar uma atração alucinante.
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Fui acordado por uma batida forte no meu quarto. Minha mente levou um tempo para se ajustar. Minha cabeça estava girando. Sinos badalando no meu ouvido. Me virei e senti um corpo macio ao meu lado. Eu lembrava de transar umas duas vezes, sendo que a segunda eu lembrava bem mais. Uma mão tocou nas minhas costas e eu me assustei. Mais batidas. Desta vez quase colocaram minha porta abaixo. — Ai! — A garota gritou atrás de mim. Eu a empurrei. Estava tentando chegar à porta, mas minha cabeça estava girando de verdade. — A porta… abra a porta.— Foi o que consegui dizer. Empurrei a garota, me apoiando na barriga macia da outra. Eram duas garotas. Isso ou uma foi partida ao meio. A garota se enrolou no lençol e foi até a porta. Quando ela abriu, um pouco do clarão entrou e eu vi a figura masculina rechonchuda entrando no quarto. — Saia! — ele gritou. Ele foi até a cortina e acionou o controle para abrir a cortina da janela. Conforme a luz ia entrando, mais minha cabeça doía. — Porra. Precisa abrir tudo? — Tem que abrir. Quem sabe a luz traga um pouco de juízo a você. — Era a voz do meu pai. Eu conhecia aquela voz grave e irritada de longe. Tentei cobrir os olhos, mas senti meus lençóis sendo puxados. — Que droga! – exclamei, jogando o travesseiro na minha cabeça. — Levante-se! – A voz estridente do meu pai rasgou meus ouvidos. A garota se remexeu do meu lado. Sentei na cama e puxei os lençóis para cobrir minha nudez. Minha cabeça queimava devido à ressaca da noite anterior. — Desculpe. — A garota falou nervosa. Se levantando. Ela era bonita, loira e magra como uma modelo. O estilo que eu gostava. — Saia! — ele gritou para a garota. — Você precisa falar assim com a pobre da… — Olhei para garota tentando lembrar o nome dela. Era alguma coisa com R… — Roxane? — É Layla. — Ela falou, parecendo magoada. — Desculpe, Layla. Recolha as roupas da sua amiga também a… Roxane. — O nome dela é Cristina. Ah, sim. A brasileira Cristina. Gostosa pra caralho. A Layla recolheu as roupas dela do chão, correndo para a porta. — Espere. — Meu pai tirou um maço de dinheiro no bolso e deu para ela. Ela olhou horrorizada. — Vamos, pegue e saia. — Ele rosnou. Ela pagou o dinheiro e saiu correndo, quase chorando. — Papai, ela não é prostituta. — Tem certeza? Por que em sã consciência uma mulher aceitaria fazer uma suruba com você sem ganhar um bom dinheiro? — Primeiro, é ménage à trois. — Falei usando o meu melhor sotaque francês. — É uma prática milenar. Você deveria experimentar. Ele bufou. — Não me tire por prostituto, Rush. Eu sou um homem íntegro. Já você... — ele balançou os dedos em desdém. Olhei para a figura elegante do meu pai à minha frente, com o terno bem alinhado e a postura de um lorde inglês. Ele um inglês com descendência irlandesa. Era um homem completamente antiquado, que acreditava no amor e no casamento. Eu era o oposto, meu irmão também. Nós éramos tudo o que o meu pai odiava quando resolveu criar seu império nos Estados Unidos. Ele sempre tentou incutir seus costumes em nós, mas não deu muito certo. Ele andou pelo quarto. Observei as embalagens de camisinhas no chão. Fiquei feliz por lembrar disso. — Não era para você estar trabalhando? — Hoje é domingo! Quem trabalha no domingo? — Hoje é sexta-feira! Mas mesmo que fosse domingo, um homem comprometido com o trabalho não se atém a datas. Levantei e vesti um moletom do armário do meu irmão. — Eu sou um homem extremamente comprometido com o trabalho, papai. Tudo está organizado na empresa e os documentos que pediu estão assinados. Nós também temos uma ótima equipe, monitorada de perto por mim. — Enquanto bebe e transa com mulheres aleatórias em sua cobertura? — Primeiro, eu não bebo em horário de trabalho. Segundo, eu não levo mulheres para minha cobertura. Eu as como onde as encontro. — No caso, aqui? No apartamento do seu irmão? — Meu irmão não está usando. Ele não consegue sair da sua aba. Eu só estou aproveitando o lugar. Não gosto de levar mulheres a minha casa, você sabe. — Então, você vem para cá ou vai a um puteiro qualquer. Eu não consegui controlar o riso. Meu pai adorava pegar pesado comigo. — Você ficaria surpreso em saber onde eu encontro mulheres, senhor King. — Para você é papai, garoto. Eu ainda sou seu pai e não me desfiz do meu posto. Mesmo que às vezes deseje te deserdar. Você é concupiscente e extremamente imprudente. — Talvez você deva me deserdar e colocar seu filho mais novo como CEO da empresa. Eu adoraria ver seu império milionário ser destruído pelas mãos do seu querido filho modelo. — Devo lembrá-lo de que não preciso de nenhum dos meus filhos. Eu não estou morto. E como você disse, temos uma boa equipe. Eu posso muito bem encontrar outro CEO com mais competência que você. Fui tomado pela ira. Meu pai podia falar o que quisesse, mas ele não podia duvidar do meu trabalho. Eu carregava aquela empresa nas costas. Fui responsável pelo alto lucro e crescimento da empresa nos últimos anos. Não permitiria que meu profissionalismo fosse colocado em jogo. — Papai... — Chega, Rush! Eu não quero ouvir mais nada. Agora você vai me ouvir. Sente-se. — Prefiro ficar de pé. — Que seja! – Ele se sentou na poltrona à minha frente. – Vou direto ao assunto. Não sei se lembra, mas eu te dei até os vinte e sete anos para encontrar uma boa esposa. Você já está com vinte e oito anos, prestes a fazer vinte e nove. — Não é tão fácil encontrar uma boa mulher para casar, não significa que eu não tenho procurado. — Transar com a primeira mulher disponível não é exatamente procurar. — Você realmente me entende mal, papai. — Entendo aquilo que você me transmite. Mas enfim, agora sua busca não é mais necessária, já encontrei uma boa esposa para você. O olhei, espantado com suas últimas palavras. — Eu realmente espero que isso seja um tipo de figura de linguagem. — Não! É exatamente o que eu quero dizer. Já faz um tempo que estou monitorando uma boa esposa para você. — O que você quer dizer com monitorando? Isso parece papo de psicopata. — Ela não aceitou ainda, mas vai aceitar. Ela é uma boa moça e tenho certeza que você vai gostar dela. — Você está brincando, não é? — sorri, mais de medo do que de outra coisa. — Não. Estou dizendo o que eu realmente quero dizer. Eu te encontrei uma boa esposa, já que você parece incapaz de fazer isso sozinho. — Ele falou as palavras bem calmamente, para me irritar. — Tipo, casamento arranjado? — Chame como quiser. Eu ainda não falei com ela, mas queria te comunicar antes. — Comunicar? — Eu ri alto. — Nossa, obrigado pela consideração. Mas vou ter que recusar. — Pense bem, filho. Vai ser bom para você. Um casamento vai trazer estabilidade para sua vida. Uma família, filhos e uma boa transa com uma mulher só. — Eu não quero transar com uma mulher só, filhos, família, cachorro ou um carro SUV. Eu quero transar com quem eu quero e me sinto atraído. E, com certeza, não é uma esposa escolhida pelo meu pai. — Estou certo que posso escolher uma mulher bem melhor do que você. Bom, isso eu não poderia negar. Minha mãe era uma esposa modelo e uma mulher muito bonita. Eles tinham um casamento de sucesso há anos. O tipo de coisa rara que só acontece uma vez. — Ai! Você realmente sabe mexer na ferida de um homem, senhor King. Mas a resposta ainda é não. — Não precisa responder agora. Espere a garota aceitar. Depois vamos ver as demais coisas. — E como você tem tanta certeza que ela vai aceitar? Mas como ele não teria? Eu era bonito, rico, gostoso pra caralho e bom de cama. Seja quem for, ia ganhar na loteria. — Ela vai aceitar. Eu tenho meus meios. — Chantagem? Ele sorriu. — Não importam os meios e sim os fins. — Quem é a garota? — Direi no tempo certo. Só fique preparado. — Eu não vou ficar preparado. Isso não vai acontecer nem fodendo. Meu pai se levantou e virou a mesa de centro ao lado da poltrona. O abajur se estilhaçou no chão. E ela estava o maldito irlandês impondo sua vontade. — Você vai fazer o que eu mandar, Rush. Ou então eu vou te destronar. Vou te deserdar. Vou tomar tudo o que você conseguiu com o meu dinheiro. — O que eu conseguir. Eu trabalho desde os dezesseis anos nessa empresa. — Mas é claro. Você vai ser indenizado. Agora vamos ver se o dinheiro da indenização vai dar para você manter sua vida de luxo. — Você me subestima, papai. Eu ainda posso conseguir um emprego. Ele gargalhou. — Um King destronado? Você não vai conseguir emprego nem de serviços gerais, Rush. Eu vou me certificar disso.RushTRÊS ANOS DEPOIS…Eu estava no escritório revisando alguns contratos quando um copinho pequeno entrou empurrando a minha porta. Da minha mesa eu só conseguia ver o topo da sua cabeça, mas eu conseguia imaginar sua carinha; testa franzida, bochechas vermelhas e os olhos azuis mais bravos que alguém já viu.Fechei meu computador e virei minha cadeira para ter meu colo livre para ela. — Venha cá, rainha do drama. Ela se aproximou, fazendo questão de bater com seus sapatos no chão. Parou na minha frente e colocou a mão na cintura.Como eu disse: a rainha do drama.— O que foi, Rachel? Você está chateada? — Sim, papai. — ele fez um biquinho e suas bochechas ficaram vermelhas. Seus olhos da cor dos meus brilhando furiosos. — Venha cá — Apontei para o meu colo vazio e ela se aconchegou. — Antes, será que o papai merece um beijinho? Ele Inclinou seus lábios para os meus, me dando um selinho rápido. — A mamãe está furiosa agora, mas eu também estou.— E por quê?— Você disse que meu
Harlow Meses depois... A morte é algo tão doloroso e, ao mesmo tempo, poético. Todos se reúnem em nome de alguém no fatídico dia, cantando louvores sobre seus feitos, contando o quanto a pessoa era incrível e memorável, mesmo que ninguém a conhecesse de verdade. Bom, nesse caso não tivemos essa oportunidade. Não fomos ao velório nem ao enterro, então meu sogro quis fazer uma homenagem simbólica com uma placa no jazigo da família King. Me agachei sobre o túmulo e depositei flores frescas. Meu sogro estava ao meu lado e afagou minhas costas. — Está tudo bem, querida? — Sim. Eu acho que ele percebeu o quanto eu estava cansada agora com uma barriga de seis meses de gravidez. Passei a mão pela enorme barriga, que eu mal conseguia segurar com o meu pequeno corpo. Nunca imaginei que minha barriga esticasse tanto e ainda faltam mais três meses finais.Li mais uma vez nome na placa: Melinda King. Ela era uma King agora, meu sogro fez todos os trâmites para que ela fosse transferida par
HarlowO Rush foi baleado, baleado e está no hospital.Aquelas palavras ecoavam na minha mente, enquanto tentava processar os últimos acontecimentos.Quando o Romeu tirou o terno, tinha mais sangue do que tinha visto. Na frente da sua camisa, na gola e no punho. Tudo sangue do Rush. Comecei a respirar pesadamente, meu coração acelerado demais e senti uma pontada estranha na minha barriga.— Você precisa se acalmar, querida. Vai dar tudo certo — a Victoria falou ao meu lado.Sim, eu precisava fazer isso pelo bebê.Nós estávamos na sala, o Romeu estava explicando tudo ao pai e eles estavam decidindo o que fazer a seguir.Confesso que estava aérea e não estava entendendo muito da conversa. Mas basicamente, o Rush foi atacado a tiros no estacionamento da empresa, alguém morreu pelo que entendi. — Foi o professor? — Perguntei ao Romeu. Me dei conta que não tinha nem procurado saber informações mais concretas. — Foi ele que tentou matar o Rush?— Foi, mas ele está morto, Harlow. O cara já
Rush Não contei a história toda para a Harlow, não queria preocupá-la. Nós prometemos não esconder nada um do outro, mas tecnicamente eu não estava escondendo. Eu só não explorei os detalhes para não preocupá-la. A merda estava grande, o Miller estava enlouquecido e não tinha mais nada a perder. Ele estava foragido e com desejo de vingança. Conseguiu entrar no estacionamento do meu prédio com vários caras e armado até os dentes. A sorte é que ele não conseguiu entrar no estacionamento privativo e o Mike conseguiu fechar tudo.Tive que mandar a Lucy para casa dos meus pais. Agora estou na minha sala cheio de homens armados até os dentes no prédio e a polícia está aqui.— Bom, já que pegamos o seu depoimento, vamos fazer nosso trabalho, senhor King.— Sinceramente, não acho que a polícia está fazendo seu trabalho, delegado.— Desculpe?— A minha esposa está grávida e se ela estivesse na casa? Ele a agrediu, ela já estava grávida e ele foi solto sob fiança.— Nós não fazemos as leis, s
HarlowEu estava em cima de uma poça de sangue. Sangue do Rush. O corpo dele estava jogado mais a frente. Eu corri até lá, me jogando aos seus pés. Ele estava pálido e sem vida. Seu corpo inerte não esboçava nenhuma reação.Pressionei o seu peito com força, tentando fazê-lo reagir.— Rush, acorda. Pelo amor de Deus. Rush. — gritei. A dor inundando meu peito. Eu perdi o meu marido. Me agarrei ao seu corpo com força, depois senti que estava caindo.— Harlow — a voz do Rush sussurrou no meu ouvido. — Acorda, querida. Me forcei a abrir os olhos, olhando para o Rush ao meu lado.— Você está tendo um pesadelo. Eu o abracei com forma, feliz por tudo ser apenas um sonho ruim.Ele estava cheiroso, de cabelo molhado e vestindo calça e camisa social.— Você vai sair?— Trabalho, lembra? — Ele beijou o meu rosto e se levantou. — Eu vou chegar tarde, tenho muitas coisas pendentes.— Rush, será que você não pode trabalhar de casa?— Não dá, Harlow. Mas vai se preocupe, eu tenho segurança, lembra
RushA água do ofurô estava uma delícia, quente em contraste com a noite fria. A Harlow custou a tirar a roupa, mas seu medo de ser pega me deixava mais excitado. A coloquei de costas para mim ajoelhada e me posicionei atrás dela.— Tem uma janela bem ali, Rush. Eles vão nos vê.— É o quarto do Romeu, se ele vê, não vai se importar.Ela deu uma risada engasgada.— Mas eu me importo. Eu estou nua, sendo fodida no ofurô. Eu acho melhor nós… — Antes que ele pudesse continuar protestando, meti nela. Ela resmungou alguma coisa, mas depois se rendeu. Fiz um nó com seus cabelos em minhas mãos, fazendo ela virar o olhar da janela.— Se concentre no que estamos fazendo. Você gosta que eu te foda assim, não gosta?— Sim — sussurrou.— Eu. Fiquei. Muito. Tempo. Sem. Isso. — A cada palavra eu dava uma estocada firme, fazendo ela se desfalecer na água. — Não vamos mais ficar separados, Harlow. Vamos fazendo todo o sexo de reconciliação possível.— SIIIIIMMMM. — Ela respondeu animada. Comecei a
Último capítulo