Stefanos
Nuria estava ali. Na minha cama.
Tão pequena, tão destruída… e ainda assim, mais forte do que qualquer loba que já conheci.
O filme seguia na tela, uma daquelas comédias ridículas que eu jamais escolheria assistir em sã consciência. Mas ela estava quase adormecida, encolhida sob meu cobertor, colada ao meu lado, com meu braço a envolvendo como se fosse a única coisa capaz de mantê-la inteira. Minha mão se movia devagar, afundando nos fios úmidos do seu cabelo. Eu não conseguia parar.
Ela não dizia uma palavra, mas seu corpo falava comigo.