Nuria
O calor era estranho.
Não sufocante, mas presente. Aconchegante, até... envolvente. Algo que me cercava como um cobertor invisível. Meus dedos se afundavam em tecido macio, e por um momento, pensei estar sonhando. Talvez estivesse.
Me envolvia como um cobertor invisível... e tinha aquele aroma inconfundível de pinho, fumaça e algo perigosamente masculino.
Minhas mãos estavam agarradas a um travesseiro macio. Mais macio do que qualquer coisa que eu já tivesse tocado naquela casa. Por um segundo, me permiti curtir a sensação. Talvez fosse um sonho. Talvez eu tivesse morrido.
Mas então meus dedos apertaram mais forte o tecido, e o cheiro ficou ainda mais evidente.
E eu percebi: não era só um travesseiro.
Era o travesseiro dele.
Meu coração disparou.
Abri os olhos de repente.
E me deparei com Stefanos.
Dormindo ao meu lado.
Soltei um ar engasgado, com o susto subindo pela espinha como uma faísca elétrica. Ele estava virado de lado, de frente pra mim, os cabelos bagunçados e o rosto