Nuria
“Às vezes, quem mais carrega poder… é quem mais aprendeu a esconder a dor.”
O corredor parecia maior agora. Mais frio. Mais silencioso.
Verônica andava com as mãos nas costas, observando os detalhes do lugar como se memórias perdidas tentassem lhe dizer algo.
"Você parece… confortável demais aqui," comentei, cruzando os braços.
"Você também." Ela sorriu de lado, me lançando aquele olhar afiado que eu já começava a entender como uma defesa. "A diferença é que eu passei a vida fingindo conforto. Você… está aprendendo a transformar dor em postura."