Alexandra
O ar estava pesado, saturado pelo cheiro de mofo e concreto úmido. O silêncio do andar abandonado só era cortado pelo som irregular da nossa respiração, rápida, desesperada, animalesca. O frio da parede contra minhas costas arranhava minha pele, mas nada era comparável ao fogo que ele espalhava dentro de mim.
Me peguei desesperada, como se fosse outra pessoa no comando do meu corpo. Minhas mãos, trêmulas, puxaram o cinto dele, desabotoaram sua calça com pressa insana. Como esse homem me enlouquece? Eu me perguntava, mesmo sabendo que não havia resposta. O toque de Sean me devastava, me incendiava, me partia em mil pedaços.
Quando finalmente o senti firme, quente, pulsante contra mim, um gemido escapou da minha boca, alto demais para ser contido. Ele me ergueu com brutalidade, e minhas pernas, traidoras, se fecharam ao redor do quadril dele.
Sean me segurava pelos quadris com força, prensando-me contra a parede. A aspereza do concreto atrás de mim só intensificava a dor praze