***ANDRÉ BURCK***
Há alguns dias minha mente está uma bagunça. Não paro de pensar que quase beijei Gaya aquela noite na cozinha.
Para ajudar, minha hospede expressou a vontade de ter seu próprio apartamento e até cogitei ajudá-la com isso. Acontece, que não me sinto pronto para deixá-la ir.
Travo uma luta diária comigo mesmo quando volto para casa, a encontro tão linda, e o desejo de beijá-la ou simplesmente abraçá-la, me invade.
Mesmo no trabalho, não desligo meus pensamentos dela, trocamos mensagens sempre que tenho tempo livre e até invento desculpas para ligar e ouvir sua voz.
Uma parte minha está arrependida de ter me envolvido nessa confusão, o medo de vê-la machucada outra vez é imenso, o receio de arrastá-la para a minha escuridão interna, agora que finalmente está reagindo positivamente a tudo, me sufoca.
No entanto, Gaya me entrega um pouco de confiança a cada dia. Aquela mulher tem uma força impressionante. Eu a vi destruída há semanas atrás e agora ela consegue fazer