***ANDRÉ BURCK***
O sábado foi tenso. Depois de tantas revelações impactantes para Gaya, concordamos que seria bom para ela passar o domingo na fazenda, em meio à natureza.
Acredito que daqui pra frente, sem o estresse de ter que mentir ou esconder certos assuntos, tudo ficará mais fácil.
— Filho? — ouço minha mãe chamar e me arrancar dos pensamentos.
— Você está bem?
— Apenas cansado, dona Vilma, não se preocupe.
Olho para a pessoa que mais amo, em pé na entrada da varanda, me encarando com a sobrancelha arqueada e um sorriso malicioso.
— Gaya mexe demais com você, não é?
— Não do jeito que a senhora está pensando.
Lanço um olhar sério para ela, mas não tem jeito, depois que essa mulher encasqueta com alguma coisa não há Cristo que dê jeito.
— Minha intuição me diz que quando essa tempestade passar, terei uma nora.
E lá vamos nós…
— Mãe… a senhora está falando do Daniel e da Cecília, certo? — me faço de desentendido.
— Não seja cínico, André… — ela ralha — Aqueles dois lá eu nem pre