— Acho que você não tem muita escolha — sussurrou deixando o hálito quente com cheiro de uísque se chocar contra meu rosto. — Se passar pelo portão de entrada, vai se deparar com alguns fotógrafos querendo informações, então a decisão é sua. Ou fica, ou sai e diz para eles que aquele beijo foi só uma encenação.
Torci o nariz ignorando as duas hipóteses.
Nem ficar, e nem ter que desmentir algo.
Essa última função teria que ser dele.
— Aquilo nem foi um beijo de verdade! Selinho eu dou na minha melhor amiga.
— Não seja por isso. — Sorriu um tanto triunfante.
Tyler voltou-se para o móvel onde ficavam suas bebidas e deixou o copo vazio sobre o aparador.
O homem voltou a se aproximar em passos calmos, e mais uma vez ao invés de fugir para longe dele, fiquei parada esperando não sei o que.
Fui puxada pela cintura sem cerimônia alguma, e quando seu rosto chegou bem perto do meu, ele sorriu pequeno, me encarando como se eu fosse, sei lá, a coisa mais linda que ele já tinha visto na vida.