CAPÍTULO 115

>Tyler, aos 12 anos.<

Duas horas. Ele estava duas horas atrasado e tudo o que eu conseguia pensar era que meu pai havia se tornado um verdadeiro merda… que minha mãe perdoasse o palavreado.

Sabia que não podia esperar muito dele, mas ainda assim acreditei em suas palavras.

Era só um maldito passeio no parque, e nem mesmo isso ele conseguia fazer por nós. Até nos levar para um simples passeio se tornava algo terrivelmente difícil para ele.

— Benedict, por favor, desligue esse videogame. Já pedi mais de dez vezes.

O garoto olhou nossa mãe por cima do ombro e voltou rapidamente o foco para a televisão, finalizando a partida do jogo com um game over.

Acho que ele só se deu por vencido e a obedeceu porque nunca ganhava uma partida sequer naquele jogo, mas não desistia de tentar ao menos.

Era isso que eu gostava nele, meu irmão costumava persistir bastante nas coisas que queria, assim como eu.

— Podemos ir até a quadra de basquete um pouquinho? — perguntou colocando o queixo no encosto do
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