A Prova de uma Submissa
“Não, não dê mais tantas voltas, não.
Se chicoteia assim por qualquer perdão.
Todo esse teatro não impressiona
Por maior que seja sua recompensa
Não se importe tanto assim
Com sua imagem decadente, enfim”
— Alô.
— Acordei você? Oh, pobrezinho, achei que a essa hora você
estaria no hospital — disse Julian sarcástica.
— Do que você está falando? — perguntei sentando-me na cama
— Você não soube? Houve uma explosão em um laboratório e se
não me engano é onde a sua amiga patinha trabalha.
Desliguei o celular e vesti apressadamente um jeans e camiseta
preta gola V. Calcei os sapatos e saí. Olhei no celular enquanto digitava o
número pessoal de Luísa.
Ouvi três bipes antes que ela atendesse a ligação. “Se tocar uma
quarta você estará demitida pela manhã”.
— Senhor Pipermen? — A voz do outro lado da linha era sonolenta
e lenta.
— Preciso que descubra em qual hospital está a senhorita Ana
Karvat. Você tem dez minutos.
Desliguei o telefone e segui par