Destranquei a porta usando a chave micha. A sala, um completo
breu, caminhei com cuidado para não pisar nos cacos. Tirei o celular do
bolso e fotografei tudo o que podia. Parecia que um furacão havia
passado por ali, na mesa, algumas cordas, lâminas e chicotes. Parece
que alguém curte sado. Pensei enquanto vasculhava a estante de livros,
esse cara não tem tevê? Ao lado de uma enciclopédia, o Macbook
piscava sinalizando estar sem bateria. Abri a tela com cuidado e uma
janela surgiu pedindo para que eu preencha o login e a senha. Merda.
Tirei o pendrive que estava conectado na lateral e o guardei no bolso da
jaqueta. Coloquei o notebook no mesmo lugar e caminhei até o quarto,
Ana dormia ao lado de Diego.
Explicado o porquê da sala destruída, parece que o garotão irritou algum
casca grossa. Ana ainda usava o mesmo sobretudo.
— Dom, por favor — ela murmurou sonâmbula.
Ela se moveu na cama e virou para o lado. Diego acordou e me
encarou. Puxei a Magnum presa à cintura e apon