Íris franzia a testa, nervosa, olhando para o médico e dizendo:
- Por favor, diga.
- Devido à força do veneno da cobra, pode causar perturbações no sistema nervoso central, então nos próximos dias o Sr. Ângelo pode apresentar paralisia nos membros e incapaz de se mover. Vocês dois não precisam se alarmar quando isso acontecer. Não é paralisia, é apenas temporário até que o veneno seja eliminado. – Explicou o médico.
- Paralisia nos membros? – Exclamou Íris.
Ela ainda estava processando essas palavras quando o tumulto veio da sala.
- Saiam! Todos vocês, saiam daqui e não me toquem! – Gritou Ângelo, com raiva.
Ele já estava acordado, sua voz raivosa ecoando pelo corredor.
Íris e o médico correram para a sala. Lá estavam algumas enfermeiras jovens, todas hesitantes em entrar.
- O que está acontecendo com vocês? O paciente acordou e vocês não vão cuidar dele? Estão pensando em desistir do trabalho? – Repreendeu o médico, com seriedade.
A pessoa deitada ali é ninguém menos que Ângelo, o re