A melodia cantarolada por Íris parou de repente, seu sorriso congelou no rosto, como se tivesse visto algo desagradável e só quisesse dar meia-volta e sair.

Ah, se ao menos ela não fosse tão preguiçosa! Ela já havia decidido se mudar, mas como não encontrou um lugar adequado imediatamente, adiou seus planos.

Ela e esse cara eram vizinhos afinal de contas. Mesmo que ela tentasse evitar, eventualmente se esbarrariam um no outro, cedo ou tarde!

Como Íris não apareceu por um bom tempo, as portas do elevador se fecharam automaticamente.

Ângelo estendeu o braço a tempo para segurar as portas, seu rosto bonito exibindo uma expressão instável e zombou em um tom sarcástico:

- Com medo de me enfrentar, é? Você costumava ser tão atrevida, por que está agindo tão culpada agora?

Culpada?

Ao ouvir isso, Íris sentiu um impulso competitivo, endireitou a postura e saiu do elevador, erguendo o queixo com orgulho e retrucando:

- Sr. Ângelo, essa é uma piada engraçada. O que há de errado em ser atrevida?