A maçaneta girou.
A porta se abriu devagar, revelando Evan parado ali como uma tempestade contida num terno perfeitamente alinhado. O cheiro de seu perfume, âmbar escuro e couro, invadiu o ar antes mesmo que ele falasse qualquer palavra. Os olhos dele percorreram Irina de cima a baixo com a precisão de um bisturi, sem disfarçar. Mas não disse nada.
Nem precisava.
Irina apenas sorriu. Um sorriso lento, que nascia nos olhos e escorria pelos lábios, com gosto de desafio.
— Está atrasado. — disse ela, com a voz baixa, aveludada.
Evan deu um passo à frente, cruzando a soleira como um predador que conhece o territóri