A luz fraca da manhã mal tocava o chão da cela quando Melinda se aproximou. Seus olhos, mais fundos a cada semana, ainda carregavam uma centelha de força que me lembrava o mundo lá fora — aquele onde o céu não era cortado por grades.
Melinda: Dormiu alguma coisa? — ela perguntou, sentando ao meu lado no jardim.
Briana: Não muito — respondi, olhando para o céu. — Ele está tentando... — falo para a mesma que me olha com pena, mas logo é tomada pela raiva. Melinda cerrou os dentes. Ela sabia o que aquilo significava.
Melinda: Precisamos sair daqui, Briana — ela disse em voz baixa. — De algum jeito, em algum momento. Isso aqui... isso não pode ser tudo o que nos resta. — Eu lembro que quando cheguei aqui, ela não tinha esperança nenhuma em sair, mas agora, parecia que às coisas haviam mudado, havia esperança.
Briana: Eu penso nisso o tempo todo — sussurrei. — Penso em Suzane... em Anastácia. Eu me pergunto onde estão. Se estão bem, se sentem a minha falta.
Só de falar o nome delas, algo