46. Laços de Sangue e Traição
Durval
Em frente à Montreal Laticínios
Ao telefone
— Celso?
— Fala, irmão! Conseguiu ler todo o dossiê? — Celso responde rapidamente.
— Sim! Tu não imagina o que descobri, cara.
— O desgraçado é mesmo teu pai? — Ele pergunta, ansioso como sempre.
— Tudo indica que temos algum parentesco. Mesmo que ele não seja meu pai, é ao menos meu tio. — Afirmo.
— Como você tem certeza disso?
Por ironia do destino, estou cara a cara com Estêvão Delfiori. A semelhança é absurda.
— O cara está bem na minha frente e se parece muito com meu pai quando era jovem. Talvez esse seja o motivo de tanta semelhança comigo. Mas hoje mesmo vou tirar isso a limpo. — Falo, sem tirar os olhos do meu alvo.
— Como?
— Peguei as digitais dele num copo de café que ele deixou na recepção da empresa. Vou fazer um exame de DNA.
— Onde você está, Durval?
— Na Montreal Laticínios. Vim conversar com Gregório, e foi a melhor decisão que tomei. Agora consigo descobrir quem é esse maldito padrinho.