25. O Abismo de Brenda
Brenda Ortiz
Já na cozinha, sento na banqueta e viro meu olhar para uma das empregadas, perguntando:
— Sônia, onde está minha mãe?
— No quarto, cuidando do seu pai — ela responde de costas, enquanto termina de preparar o almoço.
— Então sirva meu café, estou com fome — falo, cruzando os braços.
— Se quiser, pegue você mesma. Estou ocupada... E isso era o que você também deveria estar fazendo. Não acha? — ela diz, sarcástica, olhando de lado.
— Você é abusada mesmo. Mas logo vou te mostrar seu devido lugar nesta casa, empregadinha — rosno.
— Você fala como se também não fosse uma de nós. Se acha a dona da casa só porque se deita com o filho do patrão? — ela diz, sorrindo.
— Ficou louca? De onde tirou isso? — me faço de desentendida, mas não adianta.
— Acha que ninguém sabe? Você mesma faz questão de deixar a porta aberta enquanto se enrosca feito uma cadela no cio com o Jorge. Me poupe, Brenda. Aqui, a única que não sabe disso é a pobre da sua mãe. Mas logo ela vai enxergar que tipo de