133. O Rato Sai da Toca
Rubens - Niterói
Algumas horas depois...
— Dormiu feito uma pedra, hein, mestre!? Quase não consigo te acordar — comento, enquanto ele sorri tomando um café forte.
— Faz tanto tempo que não bebia... devo ter exagerado um pouco. Falei alguma besteira ontem? — pergunta, colocando os óculos escuros.
— Só disse que sou teu genro e que está gamadão por uma mulher misteriosa — digo, e ele se engasga com o café.
— Eu? Gamadão? Só pode estar brincando — responde, desacreditado.
— Tô falando sério. Até levei um susto quando ouvi aquilo, né? Logo você, todo sério, falando de sentimentos desse jeito. Mas só faltou dizer o principal — falo, enquanto estaciono o carro um pouco antes da casa de repouso.
— Faltou eu dizer o quê? — Celso pergunta, retirando o cinto de segurança.
— O nome da felizarda que mexeu com teu coração. Eu conheço, mestre? — pergunto, vendo-o ficar sem graça.
“Aí tem coisa... e eu vou descobrir.”
— Para com esse assunto, Rubinho, ou te corto do teu posto de genro ag