Não vai fugir de mim.
DEENA
Acordo com uma sensação de aconchego que há muito tempo não sentia. Abro os olhos e tento erguer os braços para me espreguiçar, quando percebo um braço pesado sobre minha barriga. Uma sensação de pânico percorre meu corpo. Não quero que ele me veja acordar.
— Que droga! — resmungo.
Vou me arrastando para o lado, com a esperança de que ele não note, mas quando penso que estou livre, seus braços me puxam e ele beija o topo da minha cabeça.
— Dessa vez você não pode fugir, Boneca. Você está na sua casa e eu não vou a lugar algum. — suas palavras saem roucas e quase ininteligíveis.
Não me viro para ele, estou com vergonha de olhá-lo nos olhos e receosa de que queira algo mais.
Após nos aconchegarmos na noite anterior, caímos no sono. E isso foi tudo.
Me viro para ele, com a cabeça apoiada em minha mão. Ele faz o mesmo, mas mantem um dos braços sobre minha cintura.
— Você me chamou de Boneca? — provoco com os olhos semicerrados.
— Tudo bem, Srta. Hoyth. Não vai fugir de mim. — diz me