Ryan fechou o alforje com força e o lançou sobre o ombro, sem nem olhar para trás. A casa de sua infância agora lhe parecia um lugar frio, cheio de máscaras e promessas torpes.
A despedida deveria ser simples. Mas, como tudo ali, era outra encenação.
— “Seduza Lyanna e engravide-a” — ainda ecoava em sua mente como uma ordem suja gravada a ferro.
Ele apertou os punhos.
— Não que eu não queira ter um filho com ela... — pensou.
— Mas não assim. Não desse modo nojento. Não como parte de um plano político.
Respirou fundo, tentando ignorar o conflito que apertava o peito.
— Já somos noivos, não seria tão errado assim, certo?
Mas se interrompeu imediatamente.
— Não! Isso está errado, Ryan! O que está acontecendo com você?
— Selvaren! — gritou, quebrando os próprios pensamentos. — Estás pronta? Partiremos em cinco minutos!
Antes que pudesse montar seu cavalo, sentiu o peso do braço do pai pousar em seus ombros. O toque era leve, mas o tom... impositivo.
— Um neto, Ryan