Lucy
Matt me ligou, enviou inúmeras mensagens e não consegui responder.
Eu olhava o telefone tocando e só sabia pensar que não podia falar com ele naquele momento.
Não sou a menina das lágrimas. Já fui um dia. Mas quando se leva uma rasteira da vida como a que eu levei, se apeende a escolher chorar tudo o que tem que chorar de uma vez e seguir em frente, ou ser a menina que chora.
Quando me vi sozinha, sem o amor da minha vida e uma filha pequena, escolhi chorar. Chorei o que corresponde ao choro de uma vida inteira, mas depois, decidi que não choraria mais.
Iria seguir em frente, cuidar da minha filha e viver. Viver a vida que meu Ben não poderia viver conosco. Dar a minha filha o amor em dobro, pois eu posso até sofrer, mas ela nunca.
E tudo bem para mim viver essa vida, desde que fôssemos apenas eu e minha princesinha. Não queria mais amor. Não precisava de mais amor.
Mas aí ele apareceu. Por pura ironia do destino, ele me viu justamente
onde ninguém me enxergava, na cozinha da l