Capítulo Dez
No silêncio da noite, eu caminhava pelos corredores do castelo quando, ao passar por uma das varandas, ouvi vozes abafadas. O tom conspiratório despertou minha curiosidade, e me aproximei sem ser notado.
— Você tem certeza de que isso vai funcionar? — a voz de Lady Seraphine soava hesitante, mas também cheia de expectativa.
— Claro que vai — respondeu Lord Byron, com a frieza de alguém acostumado a manipular situações. — Vou convidá-lo para beber esta noite e garantir que ele beba o suficiente. O resto ficará por conta da substância que colocaremos na taça.
Meu sangue ferveu.
— E depois? — Seraphine quis saber.
— Ele estará inconsciente. Você entrará nos aposentos dele, e, pela manhã, quando todos souberem que você passou a noite com o rei, não haverá outra escolha senão o casamento.
Senti meu maxilar travar. Então era isso? Um plano sujo para me forçar a casar? Eu já estava farto dessa insistência.
Não esperei mais. Me afastei dali, controlando a raiva, e segui direto pa