Capítulo Quatro
O ar ao nosso redor ficou pesado. Oregon não tinha vindo para lutar, não ainda. Ele queria brincar com nossas mentes, plantar sementes de dúvida e desespero. Em meio ao campo devastado pela guerra, ele surgiu diante de mim, seu olhar carregado de diversão sádica. Em suas mãos, um pergaminho flamejante flutuava, intacto apesar das chamas que o cercavam.
— Ora, ora. Minha querida irmãzinha e meu filhinho. — Oregon debochou, sua voz ressoando como um trovão.
Meu coração gelou. Atlas me lançou um olhar confuso e incrédulo. Ainda não tinha reunido coragem para contar a verdade.
— O que está acontecendo aqui? — Atlas perguntou, sua voz carregada de suspeita e medo.
Oregon riu, apreciando o momento.
— Você ainda não contou para ele, Katleia? Que feio da sua parte. — Ele gargalhou. — Mas acho que ainda mais horroroso é tia e sobrinho se apaixonarem. Um amor proibido.
Atlas arregalou os olhos, o choque estampado em seu rosto.
— O quê? — Sua voz saiu em um sussurro quebrado, com