Ao ouvir as palavras, Felipe ficou parado no lugar, completamente atordoado. Seus olhos estavam vazios, e o coração, pesado, batia violentamente contra o peito, como se estivesse prestes a esmagar seus ossos. Sentia sua alma sendo atingida por um choque profundo.
— Não pode ser... — Murmurava ele, com os lábios tremendo.
— Como isso aconteceu... Como pode ser verdade... — Até os músculos de seu rosto se contraíam involuntariamente.
Haroldo, ao ver Felipe perdido naquela onda de choque e incredulidade, imediatamente pensou em Charles.
Por mais que observasse de diferentes ângulos, sempre achou que o neto superava o filho em muitas coisas. Mas, em um aspecto, eles eram iguais: ambos só acreditavam no próprio erro quando já era tarde demais, quando já haviam batido de frente com uma muralha intransponível e estavam cobertos pelos destroços. Era como se precisassem destruir tudo ao redor para, enfim, reconhecerem o tamanho de sua insensatez!
— Camila sempre me pediu para manter isso em se