Uma voz fria e ameaçadora ecoou por trás, fazendo Diogo parar de repente. Ele estreitou os olhos com indolência, virou-se bocejando e respondeu:
— Jair, ainda há algo que queira comigo? Já é tarde, preciso descansar.
— Diogo, sua atuação foi impressionante. Um golpe certeiro, conseguiu o que queria e ainda saiu como o bonzinho. — Jair deu dois passos à frente, o olhar penetrante como o de uma águia.
— Ah? — Diogo inclinou a cabeça, fingindo não entender.
— O acidente de Gael foi obra sua, não foi? — Jair cortou direto ao ponto, sem rodeios.
— Ah? — Diogo continuou se fazendo de desentendido.
— Você mandou alguém bater no carro de Gael, mas não para matá-lo, apenas para deixá-lo aleijado. — Jair, sempre astuto, já havia desvendado as intenções sombrias de Diogo. — Depois, você sugeriu ao nosso pai que buscasse a ajuda de Olívia, para ganhar pontos com ele, mostrando sua competência e lealdade. Diogo, você é tão ardiloso quanto uma raposa velha!
Diogo ajustou os óculos com os dedos longo