Na tela, não apareceu um nome, mas sim uma sequência de números.
Charles sempre teve dois números, um pessoal e outro para o trabalho. Ela conhecia ambos de cor.
Ele costumava ligar para ela apenas pelo número pessoal, o que tornava essa chamada um tanto estranha.
O coração de Olívia apertou por um instante, enquanto atendia e lentamente encostava o celular no ouvido, sem dizer uma palavra.
— Vivia! — A voz de Charles estava rouca, quase irreconhecível.
Olívia manteve os lábios cerrados, as longas pestanas tremendo ligeiramente.
— Vivia, por favor, acredite em mim, armaram uma cilada para mim!
Charles sabia que ela atender ao telefone já era um milagre, então foi direto ao ponto:
— Isso é uma armadilha complexa, algo que Dalila sozinha jamais poderia arquitetar. Alguém está ajudando-a nos bastidores! E mais, o isco que me jogaram não foi Dalila... Foi você!
— Daqui a meia hora. — Olívia finalmente falou, com os olhos tristes e pesados. — Encontre-me no parque de diversões perto do Vil