Samara ficou parada, olhando para o carro de Benjamin desaparecer na escuridão. Só depois que as luzes traseiras sumiram por completo, ela desviou o olhar.
Stéphanie aproximou-se dela, com passos leves.
— Srta. Samara.
— Hm? — Samara virou-se para encará-la.
— Obrigada por falar por mim hoje. Obrigada mesmo... — A voz de Stéphanie quase falhou, e seus olhos ficaram vermelhos.
Ela trabalhava para Benjamin desde jovem. Começou como empregada doméstica, depois tornou-se secretária e, por fim, guarda-costas pessoal. Passou por treinamentos severos e enfrentou situações perigosas. Todo esse histórico a tornou uma pessoa fria, indiferente a quase tudo e todos, exceto pelo próprio patrão.
Mas a chegada de Samara havia mudado algo dentro dela. Pela primeira vez, Stéphanie experimentava um tipo de calor familiar que nunca havia sentido antes. Apesar de ser oficialmente sua empregada, ela tratava Samara mais como uma irmã, alguém que ela queria proteger e mimar.
— Stéphanie, eu sei