Capítulo VI: Vivas e aplausos

Ela escutava os passos e fingia dormir no catre duro de metal, o colchão de palhas pinicando, lembrando gotas de chuva fria de uma liberdade que não mais tinha: sua infância. Eleanor entrara para o circo aos seis anos, fora abandonada pelos pais e deixada à própria sorte como várias outras crianças. Porém o fato da sua situação ser comum não significa que era menos triste. Cerehrin a adotou, um colo inesperado, bondoso, um lugar quente para sua esperança. Ela era uma acrobata, ensinou o que Eleanor precisava para viver entre eles, O Circo Farlic Azul.

— Responda— pediu a mulher uma manhã, após acordá-la antes do primeiro cantar dos pássaros.— De quem é o seu corpo?

— O quê?— Questionou de volta, pois se distraíra observando as duas cortinas azuis presas em um suporte no alto, tão grandes que quase alcançavam o chão.

— Fiz uma pergunta, perguntas não se respondem com outras, considere essa a primeira lição. Repetirei e você responder

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