O sol já brilhava quando Natália acordou ao ouvir um leve ruído no quarto. Virou-se sonolenta e deu de cara com Julieta, que entrava sorridente trazendo uma bandeja.
— Bom dia, senhora. — disse a moça, com a voz alegre.
Natália piscou algumas vezes, tentando afastar o torpor do sono.
— Bom dia... Onde está o Fernando? — perguntou, olhando ao redor, decepcionada por não tê-lo ao seu lado.
Julieta ajeitou a bandeja sobre a cama.
— O senhor Fernando pediu que a deixássemos descansar. Disse que não queria perturbá-la e pediu que eu trouxesse o café da manhã.
A jovem sorriu com uma ponta de malícia, e Natália percebeu a rosa vermelha sobre a bandeja. Havia também um pequeno bilhete, escrito à mão:
“Aceite essa rosa com meu carinho.”
Natália leu e releu as palavras.
Seria gentileza… ou cinismo de Fernando depois da noite anterior?
Julieta a observava discretamente.
— A senhora deve se alimentar bem, precisa recuperar as forças. — disse com inocência, mas o tom travesso fez Natália corar vio