Depois de cerca de quinze, Carlos estacionou diante de uma pequena casa de madeira, solitária no meio do pasto. A construção simples tinha paredes gastas pelo tempo e um alpendre estreito. Por sorte havia eletricidade e uma lâmpada fraca iluminava a varanda.
— É aqui. — disse ele, descendo do carro.
Natália desceu devagar e seguiu Carlos. Dentro da casa, um fogão de lenha, alguns poucos móveis: uma cozinha rústica com mesa de madeira e quatro cadeiras, uma prateleira com panelas de ferro. No canto, uma cama grande coberta por uma colcha de retalhos. Na parede, arreios e cordas de couro pendurados lembravam que aquela casa deveria ser de algum vaqueiro.
Ela abraçou o próprio corpo, hesitante.
— O senhor… mora aqui?
Carlos sorriu de canto.
— Não. Ninguém mora aqui há algum tempo. Não se preocupe, não será incomodada.
Ele pegou uma garrafa térmica com café e serviu numa caneca e a colocou diante dela.
— Tome. Vai aquecer e acalmar um pouco.
Natália segurou a caneca, o calor atravessando