Alex
Yuki entrou no quarto de fininho, na certa achando que eu estava dormindo, pois o quarto estava com parte das luzes apagadas.
— Achei que estava dormindo — disse assim que percebeu meu olhar sobre ele.
— É cedo ainda. — Ajeitei-me na cama para poder olhá-lo melhor. — Pensei que não vinha hoje, aliás, não precisava, sabe que já estou bem para ficar sozinho.
— Você ainda não dá conta nem de andar sozinho até o banheiro! Não pode forçar o tórax devido a fratura, fora essa perna que ainda não cicatrizou totalmente.
Senti vontade de fazer o bico que sempre fazia, mas me contive.
— Falando assim parece mesmo um problemão — resmunguei.
— Mas é um problemão!
Fiquei calado, era um exercício que vinha praticando, além disso, fazia parte do tratamento. Depois de uma conversa com a psicóloga estava me empenhando para aceitar que Yuki estava ali por sua escolha e que eu não devia me sentir culpado, eu precisava me libertar desses sentimentos. Não me faziam bem.
— O que é isso? — perguntei ao