Capítulo 200
Ezequiel Costa Júnior
Quando voltamos pra casa, fiquei com a mão sobre a barriga da minha mulher, guiando-a com cuidado pela entrada de casa enquanto ela sorria, ainda encantada com o que vimos no exame de hoje.
— Está tudo bem com ele... ou ela — ela murmurou, rindo baixinho, com aquele brilho nos olhos que fazia meu coração bater mais forte. — E o pé é igual ao seu, amor. Você viu?
— Vi. E o nariz é igual ao seu, a boca igual a sua. Estou perdido se for menina — respondi, puxando ela com carinho até a porta.
Mauro e Samira vieram antes de nós. Haviam sido os únicos privilegiados a saberem o sexo do bebê naquele momento. Os dois seguraram a surpresa com uma seriedade que só quem está acostumado a guardar segredos de guerra consegue manter. Eu tinha minhas desconfianças, claro, mas hoje saberíamos como chamar nosso pequeno ou pequena.
Assim que abri a porta, Mariana apertou minha mão.
— Espera… — ela sussurrou, franzindo o cenho ao olhar pra frente. —