Capítulo 85
Ezequiel Costa Júnior
Enchi o carro de armas e munições. Meus dedos estavam cravados no volante, os olhos firmes na estrada. O ponteiro do velocímetro já passava dos duzentos. Não me importava. Podia acabar com tudo — menos com a chance de perder a Mariana.
Não de novo.
O carro vibrava a cada curva. O silêncio dos soldados atrás era quase ensurdecedor, até que joguei meu celular para o soldado a minha direita.
— Acesse o “Argos interno”. Rápido. — ordenei.
O homem pegou o aparelho e hesitou.
— Senha, senhor?
— Leitura facial. Aponta pra mim.
Ele girou o celular, e o app abriu após um bip baixo.
— Agora procura a limousine. O filho da puta foi com ela. — falei, a mandíbula travada.
— Mas, senhor... Yulssef não tem acesso a isso? Se ele pegou o carro, deve ter destruído o sistema de segurança antes de fugir...
Olhei pelo retrovisor, os olhos em brasa.
— Não — Respirei fundo e continuei: — Ninguém tem esse acesso. Nem meus mais próximos. Mauro, nem ninguém. Eu re