Capítulo 8
Neste momento, dentro de um Bentley prateado em movimento.

- Sr. Ademir, agradeço muito pelo favor que fez ao meu avô. Este é o "Cartão do Dragão Verde" da minha família Ribeiro, peço que o aceite. - Gabriela retirou um cartão preto com detalhes dourados de sua bolsa e o passou para ele. - Com este cartão, você será considerado um convidado de honra da família Ribeiro e poderá desfrutar dos melhores serviços em qualquer uma de nossas propriedades.

- Srta. Gabriela, não é disso que preciso. - Ademir balançou a cabeça.

- Sr. Ademir, fique tranquilo. Isso é apenas um pequeno gesto da minha parte. Quanto à Erva do Coração do Dragão que Sr. Cesar mencionou, providenciarei para que seja entregue em sua casa amanhã. - Gabriela sorriu.

- Srta. Gabriela, gosto de pessoas diretas e retas como você. Muito obrigado. - Ademir deu um pequeno sorriso e aceitou o "Cartão do Dragão Verde". Se Gabriela estava disposta a dar algo assim, certamente não seria de pouco valor.

Enquanto os dois conversavam, o motorista deu uma freada repentina, parando o carro à beira da estrada.

- Chefe, me desculpe, eles me forçaram a fazer isso! - O motorista fugiu e desapareceu rapidamente após lançar esta frase enigmática.

Ao mesmo tempo, duas vans comerciais pretas sem placas surgiram do nada.

Uma à frente e outra atrás, bloqueando completamente o Bentley.

Então, as portas das vans se abriram e um grupo de cerca de uma dúzia de homens mascarados e armados com porretes desceram.

O líder do grupo era um homem careca extremamente musculoso.

- Srta. Gabriela, meu chefe quer te ver. Venha conosco. - O homem careca, segurando uma faca, colocou o pé no capô do carro.

- Vocês são realmente corajosos, como se atrevem a sequestrar meu carro? - Gabriela manteve a calma, exibindo uma aura poderosa.

- Se seus seguranças estivessem aqui, é claro que não ousaríamos. Mas eles estão todos no hospital protegendo o Sr. Fabio, e você só tem esse garotinho ao seu lado. Como poderíamos perder essa oportunidade? - O homem careca sorriu de forma sinistra.

- Você é mais inteligente do que eu imaginava, soube subornar meu motorista. Mas estou curiosa, quem é seu chefe? - Gabriela perguntou de forma indiferente.

- Quando chegarmos lá, você saberá. Agora, saia do carro! - O homem careca pressionou.

- Você não tem autoridade para me mandar sair do carro! - Gabriela não se deixou intimidar.

- Se esse é o caso, então não nos culpe por não sermos gentis! - O careca acenou para seus homens, que trouxeram um grande martelo de ferro.

Justo quando ele estava prestes a quebrar o vidro, Ademir abriu a porta do carro e desceu.

- Srta. Gabriela, esse carinha que você sustenta não tem espinha, hein? Ainda nem começamos, e ele já está cagando de medo. Então você gosta desse tipo de homem? - O careca zombou com um riso escarnecedor.

Gabriela franziu a testa, mas não disse nada. Ela apenas colocou a mão na bolsa.

- Dou a vocês cinco segundos para desaparecerem. - Ademir disse friamente.

- Pirralho! Você sabe o que está falando? Quer dar um de herói salvando a donzela na nossa frente? Acho que você não quer mais viver!

O careca mal acabou de falar, Ademir desferiu um tapa poderoso em seu rosto.

O impacto foi tão forte que a cara do homem careca ficou torta.

Ele cambaleou, incapaz de manter o equilíbrio.

- Porra! Como você ainda se atreve a atacar? Acabem com ele! – Rugiu o careca.

Os homens restantes avançaram imediatamente.

Ademir não mostrou medo. Movendo o calcanhar, ele os confrontou de frente.

Sua figura se movia como um fantasma, deslizando por entre eles.

A cada aproximação, ele desferia um tapa em um dos homens.

Acompanhado pelo som de pancadas, em poucos instantes, um grupo de brutamontes foi derrubado por Ademir.

Um tapa para cada um, nem mais nem menos.

Todo o processo foi rápido e decisivo, como cortar legumes.

O homem careca, que só agora havia se recuperado, ficou atordoado de susto.

Ele nunca imaginou que o garoto diante dele fosse tão poderoso.

Seus subordinados não conseguiram nem tocar em um fio de cabelo dele.

- Interessante. - Gabriela murmurou, levantando o canto de sua boca. Seus olhos brilhavam de admiração.

A pistola escondida em sua bolsa também foi colocada de volta.

A princípio, ela pensava que Ademir iria se dar mal, mas ele se mostrou incrivelmente habilidoso.

Derrotou facilmente um grupo de brutamontes, com uma força de combate não menor que a de seus guarda-costas de elite.

Capaz de curar doenças, mestre em artes marciais e muito bonito.

Era realmente um homem perfeito!

- Fique onde está! - Vendo Ademir se aproximando, o homem careca de repente ficou assustado. - Estou te avisando, não se atreva a tocar em um fio de cabelo meu... Ah!

Ele nem terminou de falar e foi golpeado no estômago por Ademir, ficando de joelhos no chão de dor e vomitando o jantar da noite passada.

- Srta. Gabriela, o resto é com você. - Depois de lidar com o homem careca, Ademir se posicionou ao lado.

- Obrigada. - Gabriela acenou com a cabeça e caminhou para frente, olhando de cima para o homem careca. - Quem é o chefe de vocês?

- Quanto a isso... Eu... - O homem careca estava um pouco hesitante.

- Não vai dizer? - Gabriela sorriu, pegou uma faca e a colocou no pescoço do homem careca, dizendo calmamente. - Então eu vou picar você em pedaços.

Assim que terminou de falar, levantou a faca para golpear.

- Calma, calma, calma! Eu vou falar... Eu falo! É o Sr. Oscar... Oscar Mello, do Grupo Mello! - O homem careca rapidamente se rendeu.

Sua vida estava em jogo, então ele não podia se importar com a lealdade agora.

- Eu sabia que era ele. - Gabriela sorriu friamente. - Volte e diga a Oscar que lembrarei do que aconteceu hoje. Quando tiver tempo, vou visitá-lo pessoalmente! Agora, leve seus homens e saia!

- Sim, sim...

O homem careca estava muito assustado e fugiu rapidamente com seus capangas.

- Srta. Gabriela, primeiro foi o feitiço de veneno no seu avô, e agora isso aconteceu com você. Esses dois incidentes devem estar relacionados. Parece que esse Oscar não é uma pessoa comum. - Ademir lembrou.

- Não tenho medo desse cachorro louco chamado Oscar, mas ele tem um forte apoio por trás dele. Para evitar alertá-los prematuramente, vou deixar que ele continue rebolando por aí mais um pouco. Quando a hora certa chegar, vou pegar todos eles de uma só vez! - Gabriela estreitou os olhos.

Ela preferia não agir, mas uma vez que ela agisse, seria um golpe mortal!

- Contanto que você saiba o que está fazendo. - Ademir assentiu.

Ele naturalmente não estava interessado em se envolver nesses conflitos.

- Sr. Ademir, falando nisso, você realmente é o benfeitor da família Ribeiro. Primeiro, você salvou meu avô, depois me salvou. Realmente não sei como posso te agradecer. - Os belos olhos de Gabriela brilhavam.

- Foi apenas um pequeno favor, nada demais.

- Não, essa grande dívida precisa ser paga! - Ao dizer isso, Gabriela sorriu de forma sedutora. - Para mostrar minha sinceridade, que tal... Eu me casar com você?
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