Diante da indiferença de Beatriz e da indignação generalizada ao seu redor, Ademir ficou sem palavras pela primeira vez. Depois de um silêncio prolongado, finalmente saiu do quarto do hospital. Ele sabia que, não importava o que dissesse, ninguém acreditaria nele.
Ao ver Ademir saindo, as pessoas presentes naquele quarto de hospital alternavam entre escárnio e zombaria.
- Já era hora de cair fora! Que incômodo!
- Exatamente! Não tem um pingo de autoconsciência!
- Dr. Antônio, o inconveniente já foi embora. O senhor já pode se acalmar. - Eduarda disse com um sorriso.
- Antônio, faça isso por mim, não se importe com isso agora. O importante é tratar o doente. Depois te recompensarei generosamente! - Gustavo também começou a apaziguar.
- Se até Gustavo está pedindo, acho que posso abrir uma exceção. Mas é só dessa vez, entendeu? - advertiu o homem de óculos.
Todos assentiram e lançaram olhares gratos a Gustavo.
- Com certeza, com certeza!
"É incrível como as pessoas se diferenciam. Enqua