Diya colocou o delicado copo na base do filtro de água, pronta para apertar o botão, quando ouviu o som de uma chave girando na fechadura da porta.
"Droga! Será que é um ladrão?" pensou Diya, sentindo um calafrio percorrer sua espinha.
Mas, em questão de segundos, percebeu que algo não fazia sentido. Aquele era o bairro mais seguro da zona leste de Malanje. Além disso, se fosse mesmo um ladrão, ele não entraria pela porta da frente com tanta calma, certo?
Com a mente a mil, Diya se escondeu silenciosamente ao lado do hall de entrada, em um ponto cego da visão de quem entrasse. Por precaução, pegou um vaso que estava sobre uma mesa próxima, pronta para usá-lo como defesa se necessário.
A porta da frente se abriu, e logo a voz de um homem ecoou pela sala vazia.
— Diya, você está acordada?
Ao ouvir a voz familiar, Diya soltou o ar e colocou o vaso de volta no lugar, saindo rapidamente do esconderijo.
E lá estava ele: seu tio Chris, com a aparência cansada de quem tinha acabado de enfrenta