- Há câmeras de segurança, eu não direi nada, apenas vou entregar a comida.
Otávio segurava uma marmita, determinado. Os superiores haviam dado instruções claras, não podiam ser inflexíveis. O funcionário respirou fundo:
- Tudo bem, meia hora.
Este andar era composto apenas por salas de interrogatório, com excelente isolamento acústico, proporcionando um silêncio absoluto. Partículas de poeira flutuavam no ar.
Quando o funcionário abriu a porta e Otávio viu Jasmim, suas sobrancelhas imediatamente se franziram e seu peito apertou levemente.
No quarto quadrado, seu corpo pequeno estava encolhido na cadeira. Parecia cansada, deitada na mesa, dormindo, com as orelhas avermelhadas de tanto apoiar a cabeça, sem um pingo da postura decidida que exibia no mundo dos negócios.
Parecia mais uma garotinha.
O som a despertou e, num reflexo, ela se levantou, esfregando os olhos:
- Vão me interrogar de novo?
Otávio virou o rosto, os olhos levemente vermelhos. Ao perceber que era ele, Jasmim ficou s