A primeira reação de Ademir foi perceber que Karina ainda estava no andar de cima.
Na noite anterior, ele havia cansado Karina tanto que ela não teve forças para voltar para o andar de baixo.
Karina poderia acordar a qualquer momento e, se fosse vista por Vitória, Ademir sabia que não haveria explicação que a acalmasse.
Ele franziu a testa e disse:
— Diga à Vitória que não estou aqui...
— Ademir! — Antes que pudesse terminar a frase, Vitória já entrou correndo.
Maia estava visivelmente preocupada e tentou barrar Vitória:
— O que você pensa que está fazendo? Não te deixei entrar, como ousa vir sozinha?
— Ademir. — Vitória ignorou Maia e olhou fixamente para Ademir com os olhos vermelhos. — Agora, tenho algo para falar com você, você vai continuar me evitando?
Ademir não negou, mas, ao ver a expressão de Vitória, se preocupou que ela pudesse causar um alvoroço e acordar Karina. Se isso acontecesse, a situação ficaria ainda mais complicada.
Resignado, Ademir respondeu:
— O que você quer?