As palavras já haviam sido ditas de maneira bem direta, e seus pensamentos, também, estavam muito claros.
Agora, ele não estava mais disposto a esconder nada.
Karina sentiu um aperto no peito, o nervosismo tomando conta dela, mas, ainda assim, conseguiu forçar um sorriso fraco:
— Foi você quem não quis fazer amor, então, não me culpe depois. Não diga que eu não fiz meu trabalho, tá?
Trabalho?
Ademir engoliu toda a amargura que sentiu e, com os dentes cerrados, fez um gesto afirmativo com a cabeça:
— Não farei isso.
— Então, está bem. — Karina sorriu e o empurrou suavemente. — Agora, eu também preciso tomar banho. Você chegou de repente, acabei de terminar a cirurgia. Espere um pouquinho, vou lá, tomo um banho e já volto.
— Certo. — Ele soltou a mão dela, observando Karina caminhar em direção ao banheiro. — Vou pegar suas roupas.
— Obrigada...
Ademir estava prestes a sair quando seu braço foi repentinamente puxado por Karina, e o aperto foi forte demais.
— Karina?
Ao olhar para ela nova