Naquela noite, Karina não conseguiu dormir.
Passou a noite inteira em claro.
Isso não podia continuar, ainda teria que trabalhar no dia seguinte.
Sem alternativas, Karina se levantou e pegou o frasco de remédio. Virou a tampa, retirou um comprimido e o engoliu.
Se deitou novamente, e logo o remédio fez efeito, finalmente conseguindo adormecer.
...
Logo pela manhã, foi acordada pelo som do celular tocando.
Não era o despertador, era uma ligação.
Karina tateou até o celular e atendeu.
Do outro lado da linha, ouviu a voz rouca e suave de Ademir:
— Já acordou?
Karina ficou um pouco irritada.
Quando não dormia bem, sempre era assim.
— Eu não estava acordada, se você tivesse me ligado mais tarde, eu poderia até ter ficado grata.
— Te acordei? — Ademir olhou o horário. — Não é tão cedo, você já deveria estar acordada.
— Isso é em dias normais! — Karina ficou mais irritada. — Eu ainda poderia dormir mais dez minutos!
Ademir ficou em silêncio.
Em seguida, rapidamente pediu desculpas:
— Foi culp